Dicas Médicas

segunda-feira, agosto 01, 2005

Alzheimer

A doença de Alzheimer é a principal causa de demência da faixa etária senil e pré-senil atingindo 1 a cada 1000 pessoas com mais de 60 anos e 1 a cada 100 com mais de 60 anos.

Demência é uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) caracterizada pela perda da capacidade cognitiva, ou seja, perda das funções cerebrais importantes para a realização de tarefas (memória recente, linguagem, raciocínio, reconhecimento e solução de problemas) e o aprendizado.

O declínio progressivo da função cognitiva pode fazer parte do processo de envelhecimento normal, mas deve ser diferenciado do prejuízo notado nas demências e mais especificamente no Alzheimer que se caracteriza por perda da função cerebral incompatível com a idade. Ao longo de 8-10 anos de evolução da doença sem tratamento o paciente pode perder a noção de orientação no tempo e espaço, e até de sua identidade.

No caso do Alzheimer a perda da memória recente é um dos sintomas evidentes, ocorre também apraxia ideomotora (incapacidade de repetir e executar gestos), apraxia construcional (vestir-se, comer, operar instrumentos), diversos graus de afasia (dificuldade da fala), anomia (incapacidade de nomear), anosognosia (não reconhece a própria doença), pode haver hipersexualidade, agressividade ou apatia. Uma característica que a diferencia de outras demências é a ausência de distúrbios motores. A evolução da doença é lenta, quadros agudos e de piora súbita sugerem etiologia vascular.

É importante que a família perceba os sintomas pois uma das características da demência como já dito é que o paciente não reconhece seu déficit. Antes de o médico, em geral psiquiatra ou neurologista, dar o diagnóstico de Alzheimer é necessário uma investigação laboratorial para excluir as causas tratáveis de demência que podem ser revertidas. Constituem-se como causas tratáveis: hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12, neurossífilis, complexo de demência relacionado a AIDS, tumores cerebrais, hicrocefalia normobárica.


O tratamento não detém a evolução da doença, medicamentos quando utilizados no início do quadro controlam os sintomas e melhoram a qualidade de vida.

2 Comentários:

  • é verdade que se a pessoa com sintomas se envolve em atividades que exijam atividade cerebral isso dificulta o avanço da doença?
    O texto tá muito bom, bem informativo e impessoal (características tuas).
    Vc acredita que essa doença possa se desenvolver como fuga? ou eu tou viajando?

    By Blogger Luiz Roberto Lins Almeida, at agosto 01, 2005  

  • Há evidências de que a maior atividade cerebral previna não só a doença de Alzheimer mas tb o declínio cognitivo que ocorre na senilidade.Estou procurando trabalhos que falem somente sobre esse aspecto da prevenção, é verdade que existem genes envolvidos (apoE) e tb alterações orgânicas cerebrais ( deposição de substância beta amilóide)que interfiram nesse processo. Em breve farei um post sobre neuróbia, que é a ginástica cerebral e falarei sobre as atividades que requerem maior trabalho cerebral, mas por enquanto adianto que são as atividades que aprendemos, tudo que é novo passa por sinapses diferentes e que estimulam a atividade cerebral. Em relação a fuga, os psicanalistas acreditam que a pessoa possa querer se isolar e desenvolver a doença. Um beijo e vou continuar pesquisando sobre esses aspectos interessantes que vc notou.

    By Anonymous Anônimo, at agosto 02, 2005  

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