Dicas Médicas

terça-feira, novembro 29, 2005

parte II- Como a medicina pode evitar o suicídio

De 15% a 25% dos que tentam se matar repetem o ato no ano seguinte.


Cada morte apresenta conseqüências devastadoras. Famílias são afetadas não somente do ponto de vista afetivo, mas também social e econômico. Existe atualmente um movimento mundial para aumentar a consciência de médicos e de leigos e para criar abordagens coordenadas no sentido de evitar essas mortes.As estatísticas dos suicídios variam de país para país. Os índices mais altos são relatados na Hungria, na Finlândia e no Japão, e os mais baixos nos países muç! ;ulmanos, asiáticos e na América Latina. Mas muitos países não fornecem dados confiáveis sobre o suicídio.Não se tem idéia clara, por exemplo, sobre o número de óbitos causados por suicídio no continente africano. Na Europa Ocidental, esse número já ultrapassa as mortes por acidentes de trânsito.A idade também tem influência. Na maioria dos estudos no mundo, pessoas idosas (mais de 70 anos) têm chances três vezes maiores de se suicidar que jovens entre 16 e 25 anos. Da mesma forma, homens cometem duas a três vezes mais suicídios que mulheres.É importante destacar que as tentativas de suicídio são dez vezes mais freqüentes que os casos fatais e podem acarretar seqüelas graves que tornam a vida um suplício. Ocorrem paralisias resultantes de tentativas com armas de fogo, obstru&ccedi! l;ão do esôfago após a ingestão de substâncias cáusticas, coma causado por ingestão de medicamentos, cicatrizes etc.Os “métodos” mais utilizados para acabar com a própria vida, ao redor do mundo, incluem os pesticidas, as armas de fogo, os medicamentos (analgésicos, por exemplo), e quedas de grandes alturas.Recentemente, os pesquisadores observaram um aumento alarmante do número de suicídios entre jovens, com idades inferiores a 25 anos. Os cientistas correlacionam vários suicídios entre crianças e adolescentes com a utilização de alguns antidepressivos.Mas o que faz uma pessoa cometer suicídio? Existem várias causas que ficam latentes na mente e no comportamento dos potenciais suicidas.A maioria apresenta características, identificáveis meses ou até anos antes do evento fatal, de doen&! ccedil;as psiquiátricas e de distúrbios de comportamento graves. É freqüente encontrar, entre os suicidas, casos de depressão, esquizofrenia, ansiedade, distúrbios profundos de personalidade.Mas os fatores de risco incluem muito mais que a personalidade e a mente. Fatores sociais, econômicos, biológicos e até ambientais se entrelaçam para criar o terreno propício para o suicídio.Situações como pobreza, perda de bens materiais, pressão social, perda de um ente querido (como no caso da senhora Marisa), frustrações amorosas, problemas profissionais, processos legais, abuso sexual na infância, alcoolismo e uso de drogas, baixa auto-estima, doença grave ou terminal, ou até sofrimento físico intenso (dores crônicas), podem levar uma pessoa a cometer suicídio. A eutanásia assistida não passa de ! um tipo especial de suicídio.Não é raro encontrar na família do suicida casos anteriores de pessoas que também tenham tirado a própria vida. Muitos pesquisadores acreditam que existam alterações genéticas que aumentam o risco de suicídio, e que podem ser herdadas de pais para filhos.

Estudos tentam identificar esses genes e compreender a sua influência isolada, independentemente dos outros muitos fatores que sobrecarregam a alma desses indivíduos infelizes. Quanto de genética (biologia), de ambiente (social) e de psiquiátrico (personalidade) atua em cada caso, ainda está para ser descoberto com precisão.Existem, por outro lado, fatores protetores. Sua presença reduz as chances de uma pessoa tentar tirar sua própria vida. Entre eles a religiosidade. Quanto mais a pessoa freqüenta e pratica uma religião, mais improvável que cometa suicídio. O apego à religião poderia explicar, pelo menos parcialmente, o baixo índice de suicídio nos países muçulmanos.Provavelmente, os devotos se sentem integrados em um conjunto, em um grupo social. Essa âncora ajuda as pessoas a sair do isolamento, a encontrar ! um sentido ou um objetivo para a sua vida. A valorização do viver os afasta do suicídio.Recentemente, a equipe de pesquisa do professor Botega realizou um estudo, pioneiro no Brasil, com o objetivo de estimar o número de pessoas com ideação suicida (comportamento ou expressão que sugere vontade ou plano suicida) em uma grande cidade: Campinas, interior de São Paulo.Avaliaram ao acaso 515 moradores da cidade e obtiveram resultados muito importantes. Um sexto da população já teve alguma ideação suicida, 5% planejaram tirar a própria vida e 3% já tentaram o suicídio. Somente 1% é atendido em centros médicos.Baseado nesses resultados, Botega criou um diagrama que caracteriza o número imenso de pessoas com risco elevado de perder a vida, e o universo de pessoas que devem ser atingidas por programas sérios de prev! enção.As autoridades de saúde estão examinando, com atenção crescente, os meios de prevenir a perda de vidas por suicídio. Mas o rastreamento e a identificação dos indivíduos com risco elevado de cometer um ato fatal contra a própria vida é algo que ainda está apenas no nível teórico.Raras são as faculdades de Medicina que incluem em seu curso uma ênfase em educar os médicos para detectar e orientar os potenciais suicidas.“Não se justifica conceber tentativas de suicídio como eventos de pouca gravidade, como freqüentemente ocorre na rotina de um pronto-socorro. Trata-se de pessoas vivendo sob tensão, que expressaram de modo agudo seu padecimento. Algumas sofrem de transtornos mentais graves, e a maioria conta com pouco apoio do meio familiar e social. É necessária uma compreens&atild! e;o da situação que envolve o paciente na tentativa de ajudá-lo. De 15% a 25% das pessoas que tentam o suicídio tentarão se matar novamente no ano seguinte. Dos que tentam o suicídio, 10% conseguirão se matar nos próximos dez anos”, alerta o prof. Botega.Da mesma forma, não existe um acesso intensivo, fácil, para toda a população (principalmente a carente) a serviços especializados no tratamento das doenças psiquiátricas que aumentam os riscos de suicídio. E tratar com eficácia a depressão ou outros distúrbios de personalidade pode evitar mortes.Será que chegará o dia em que identificaremos (o projeto genoma pode ser útil neste sentido) precocemente os indivíduos de alto risco, e a eles oferecemos tratamento preventivo individualizado?Se tivéssemos mais atenção, medo! tologias e sistemas ao abordar esse problema na prática médica corriqueira, muitas vidas já poderiam ter sido preservadas. Inclusive, talvez, a da senhora Marisa.
O CÂNCER E O SUICÍDIO
Especialista frisa a importância da relação médico-pacienteA dra. Maria Teresa Lourenço, chefe do Departamento de Psiquiatria do Hospital do Câncer A.C. Camargo, de São Paulo, diz quais são os principais fatores de risco e as medidas capazes de evitar o suicídio de portadores da doença.CartaCapital: O suicídio é freqüente entre pacientes com câncer?Maria Teresa Lourenço: Infelizmente, não temos dados nacionais para essa população em especial. Os trabalhos científicos mostram que o risco de cometer suicídio nos doentes com câncer é duas vezes maior do que na popu! lação em geral. Doentes com câncer de cabeça e pescoço e de pulmão parecem ter maior risco para suicídio, principalmente quando há associação com alcoolismo e tabagismo.CC: Quais são, no caso desses pacientes, os fatores que aumentam os riscos de suicídio?MTL: São vários: depressão, delírio, dor não controlada adequadamente, mau prognóstico, exaustão e fadiga por tratamentos prolongados, doença avançada, tentativas anteriores de suicídio, abuso de substâncias psicoativas, suporte social insuficiente, sexo masculino, idade avançada e história familiar de suicídio.CC: Como se deve prevenir suicídio de portadores de câncer?MTL: Não tendo medo de investigar, ouvindo o doente, estabelecendo uma comunicação adequada entre o do! ente e o médico, tratando a depressão e outras doenças psiquiátricas eventualmente presentes.CC: Entre os pacientes do Hospital do Câncer, o suicídio é freqüente?MTL: Em sete anos que estou no Hospital do Câncer não tivemos nenhum caso de suicídio.

sábado, novembro 26, 2005


A opção pela morte resulta de fatores psíquicos, sociais, bioquímicos e genéticos. Mas os novos recursos da ciência e a determinação em lidar com o problema, juntos, são um poderoso salva-vidas.
Por Riad Younes

Dorme, que a vida é nada!
Dorme, que tudo é vão!
Se alguém achou a estrada,
Achou-a em confusão,
Com a alma enganada.
Fernando Pessoa
Alguns meses atrás conheci a senhora Marisa (nome fictício, para preservar sua identidade) na UTI do Hospital Sírio-Libanês. Sentava, cabisbaixa, semblante preocupado. Muito preocupado. Com muita razão. Seu filho, de 8 anos, estava internado há alguns dias por problemas decorrentes de um transplante de fígado.Fui chamado para opinar sobre uma complicação pulmonar simples. Resolvido esse episódio, conversei muito com a senhora Marisa. Jovem, inteligente, conhece tudo sobre a saúde do filho.O quadro clínico da criança não melhorava, e muitas vezes complicava. Eu já não cuidava mais do ! caso, mas, de vez em quando, passando na UTI, fazia uma rápida visita para saber como estava indo a criança. Independentemente do horário que eu passava, cedo, tarde, noite, feriado, a mãe sempre estava ao lado do leito. Vigilante. Preocupada.Um dia, passei na UTI, e a criança não estava no leito. Perguntei para a enfermeira de seu paradeiro. “Infelizmente faleceu hoje de madrugada”, respondeu. Senti pena da criança que sofreu muito. Senti pena da mãe. Varias semanas na tensão contínua ao lado de seu filho único.No dia seguinte, passei na UTI, como de costume, para ver os doentes lá internados. A enfermeira me chama. “Doutor Riad, sabe o que aconteceu ontem? A senhora Marisa morreu. Ela se jogou da varanda do hotel. Cinco horas depois de seu filho falecer.”Fiquei pasmo. Apesar de anos de prática médica numa área complexa, tratando pacientes graves! , com câncer, é raro ouvir falar de alguém que tenha se suicidado. A mesma experiência é relatada por outros médicos. O dr. Drauzio Varella, oncologista, há muitos anos trata pacientes com câncer dos mais diversos tipos. Ele afirma que “não é comum paciente com câncer se matar”. Ele próprio teve uma paciente portadora de um tumor maligno de ovário que se suicidou. O relato comovente desse caso está no seu livro, Por um Fio, recentemente lançado pela Companhia das Letras.

Mas suicídio não é raro. Mais de um milhão de pessoas a cada ano, ao redor do mundo, tiram suas vidas, pelos motivos mais variados. Esse número, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ultrapassou em 2001 a soma das mortes violentas causadas por homicídio, guerras e conflitos regionais. Pior: boa parte dessas perdas de vida pode ser evitada.O suicídio não é um problema pessoal, individual. De Brutus a Vincent van Gogh (cujo auto-retrato, feito após o pintor ter cortado a própria orelha, ilustra, à pág. 47, a capa deste caderno), de Cleópatra a Getúlio Vargas, muitos cometeram suicídio, por um motivo ou por outro. Mas, atualmente, este é considerado um problema de saúde pública.“No Brasil, suicídios representam 1% de todos os óbitos, e chegam a 4% entre adolescentes e ! adultos jovens”, alerta o dr. Neury Botega, professor titular do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, membro do Comitê de Especialistas da Organização Mundial da Saúde para a Prevenção do Suicídio e uma das maiores autoridades brasileiras em suicídio.
Obs; a continuação dessa matéria abordando outros aspectos sobre o suicídio será publicada nesse blog dentro de poucos dias.
Fonte:Revista CartaCapital

quinta-feira, novembro 17, 2005

Glicorticóides e transtorno de humor


RESUMO

O objetivo desta revisão é verificar, na literatura, uma relação entre níveis plasmáticos aumentados de corticosteróides e sintomas psiquiátricos, identificar as manifestações clínicas mais comuns e os tratamentos propostos. Alterações no eixo hipotálamo-hipóf ise-supra- renal levando a hipercortisolemia estariam associadas a distúrbios do humor, sobretudo depressão, enquanto que o uso de drogas glicocorticóides estaria relacionado ao aparecimento de sintomas psiquiátricos, como mania, depressão, labil idade afetiva e psicose. O levantamento bibliográfico foi realizado através dos indexadores Medline e Bireme no período de 1993 a 2003, em inglês, francês e espanhol, utilizando-se o cruzamento das seguintes palavras-chave: cortisol, corticosteróides, depressão, transtorno bipolar e psicose. Foram incluídos artigos originais (33) e de revisão (22) e excluídos relatos de caso. Alguns estudos sugerem que altas concentrações plasmáticas de cortisol, em longo prazo, podem levar à depressão, propondo que a utilização de drogas antiglicocorticóides teria efeito antidepressivo. Outros estudos, por outro lado, indicam não haver associação entre hipercortisolemia e episódios depressivos.
Descritores: Cortisol, corticosteróides, depressão,transtorno bipolar e psicose.
PS: Achei muito interessante esse trabalho pois os glicorticóides são usados em doses mínimas de 5mg até doses extremamente altas de 80mg, em diversas doenças, sejam elas reumatológicas, hematológicas ,ortopédicas, do Sistema Nervoso Central. O método do trabalho é simples de fácil execução, sugerindo outros trabalhos dessa forma, entretanto sugere que necessitam de outros trabalhos experimentais para comprovar a hipótese de desencadeamento de transtorno de humor, uma reação adversa pouco lembrada e discutida pela classe médica quando são utilizados esses medicamentos. Quem tiver interessado em todo artigo pode se comunicar comigo pelo site.

Bibliografia:ALHEIRA, F.V; BRASIL, M.A.A. O papel dos glicorticóides na expressão dos sintomas de humor- uma revisão. Rev Psiquiatr RS 27(2):177-86, maio/ago 2005
A foto àcima demonstra a fáscie cushingóide, um dos efeitos colaterais do uso prolongado da corticoterapia. Fonte:VERDUGO S, Cecilia, ALEGRIA B, Jorge, GRANT D, Carlos et al. Cirugía transesfenoidal en enfermedad de Cushing durante gestación: Report of one case. Rev. méd. Chile, ene. 2004, vol.132, no.1, p.75-80. ISSN 0034-9887.

Céu

Foto maravilhosa tirada por mim em Belo Horizonte- 11.2005

domingo, novembro 13, 2005

Finally a monografia




RESUMO

O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica multissistêmica e auto-imune que predomina em mulheres caracterizada por surtos de exacerbação e remissão. Há divergências na literatura quanto à relação de transtornos depressivos e atividade inflamatória da doença. Através de estudo transversal avaliou-se os sintomas depressivos e atividade do LES em dezoito pacientes atendidas no ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HU-UFMS) no período de junho de 2004 a abril 2005. Encontrou-se uma prevalência de depressão no LES de 66% e predomínio da atividade lúpica (61%) frente à inatividade da doença. A depressão foi mais prevalente na raça branca (87%) e faixa etária de 31 a 40 anos. A ausência de um companheiro, nível de escolaridade, internação por LES, antecedentes familiares reumatológicos e psiquiátricos, doses maiores de corticóide e critérios do American College of Rheumatology (ACR) exceto artrite não se relacionaram à depressão. Oitenta e oito por cento da amostra obteve um valor global da Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/ Neuroticismo (EFN) dentro da normalidade. Metade das pacientes deprimidas obteve escores percentílicos bastante altos (>75) na sub-escala N4 (referente à depressão) e 67% maior do que 50. A obtenção de um escore percentílico maior que 50 na sub-escala N4 se relacionou estatisticamente (p<0,05)>

ABSTRACT


Systemic Lupus Erythematosus (SLE) is a chronic and multi-systemic autoimmune disease that affect mainly women, and it is characterized by periods of activity and remission . There are differences in literature about the relation between depression and disease activity.Through transversal study it was evaluated the depressive symptoms and SLE’s activity in eighteen outpatients of Rheumatology of the University Hospital in Campo Grande, Mato Grosso do Sul since June 2004 until April 2005. It was utilizated a brazilian scale that measures depression, anxiety and personality traits (Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/ Neuroticismo-EFN). The SLE’s activity was measured with SLEDAI (Systemyc lupus erythematosus disease activity index). The prevalence of depression in SLE was 66%; 61% of the sample was in active phase of the disease. Depression was more prevalent in the white race (87%), range=31-40. Husband’s absence, educational level, internment for SLE, rheumatologics and psychiatrics familiar antecedents, high-dose corticosteroid and ACR criteria except arthritis were not related to depression. 88% of the sample has got a normal global value in EFN .Half of the patients had an abnormal score >75 in N4 subscale (referring to depression) and 67% bigger than fifty. An abnormal score >50 in N4 subscale was related (p<0,05)>
OBS: A figura àcima é de rash cutêneo em asa de borboleta, característico do Lupus. Fonte:BERBERT, Alceu Luiz Camargo Villela and MANTESE, Sônia Antunes de Oliveira. Cutaneous lupus erythematosus: clinical and laboratory aspects. An. Bras. Dermatol., Mar./Apr. 2005, vol.80, no.2, p.119-131. ISSN 0365-0596.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Diagnóstico de Diabetes Mellitus (DM) e estado pré-clínicos


Quem deve fazer exames de rotina para o diagnóstico? Nos pacientes com DM tipo I não é necessário falar de rastreamento pois este é caracterizado por uma deficiência absoluta de insulina causada por destruição auto-imune em pacientes em geral com menos de 20 anos e os sintomas aparecem precocemente (poliúria-urinar várias vezes, polidpsia-sede intensa e emagrecimento- surge a polifagia pra tentar compensar). A herança é associada ao sistema HLA.

Já o DM tipo II tem predomínio em pacientes maiores de 40 anos, deficiência relativa+resistência a ação da insulina, indivíduos obesos e sedentários, herança poligênica. O rastreamento é recomendado após os 45 anos a cada 3 a 5 anos. Em idade mais precoces é realizado quando houver dois ou mais fatores de risco:

Fatores de risco:
  • idade maior que 45 anos
  • IMC maior ou igual a 25 kg/m²
  • Hipertensão Arterial Sistêmica
  • DM gestacional
  • insuficiência coronariana
  • sedentarismo
  • HDL baixo ou triglicérides alto
  • história de DM na família (pais, filhos, irmãos)
  • medicação hiperglicemiante (corticóides, beta-bloqueadores, tiazídicos)
  • macrossomia ou abortos de repetição


Valores da glicemia no DM e estados pré-clínicos:

  • glicemia de jejum alterada- a glicemia de jejum > 110 mg/dl e 126 mg/dl. Porém a glicemia após 2h da ingesta de 75 g de dextrosol é menor que 140 mg/dl
  • Intolerância a glicose - jejum menor que 126mg/dl, glicemia após 2h da ingesta de 75 g de dextrosol entre 140 e 200 mg/dl
  • DM – duas glicemias de jejum > 126 mg/dl ; > que 200 mg/dl após 2h da ingesta de dextrosol ou > 200 mg/dl em qualquer momento com sintomas (poliúria, polidpsia e emagrecimento)

Para saber mais sobre sugiro: http://ferresp.blogspot.com/2005/10/diabetes-mellitus-insulinodependente.html

A figura acima é um paciente com pé diabético infectado, teve que ser feita drenagem, amputação e rotação de retalho cutâneo.Referêmcia:Pé Diabético Cícero Fidelis.Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro